domingo, 14 de abril de 2024

Novena de Santa Bernadette – Nono e último dia

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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Nono e último Dia: uma genuína vida Interior

Nós quereríamos como vós, ó Santa Bernadete, viver sob o olhar de Deus e da Virgem Maria.

Obtende-nos a graça de nos assemelharmos a vós, especialmente em todos os dias da nossa vida.

Pensamento espiritual: “Tenho uma única aspiração, a de ver a Virgem Santa glorificada e amada”. (Santa Bernadete)

Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.

Pedir a graça que se deseja obter com esta novena.




ORAÇÃO FINAL DA NOVENA

Ó minha Mãe e minha Senhora de Lourdes, sei que eu merecia ser abandonado.

Mas sei que Vós existis e que pedis para o homem não aquilo a que ele tem direito, mas aquilo a que ele não tem direito.

Vós pedis para o homem o perdão a que ele não tem direito, a generosidade a que ele perdeu o direito, o afago a que seus atos de virtude não dão título.

Pois bem, tudo isso Vós obtendes para eles, pelos méritos de vosso sorriso, junto ao vosso Divino Filho.

E eu sei que em determinado momento sairei disto e continuarei a ir para frente.

Ó minha Mãe, vede onde me deixei cair!

Minha Mãe, não conseguirei nada enquanto Vós não me ajudardes.

Ajudai-me, ajudai-me! Amém.

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Veja o vídeo do corpo incorrupto de Santa Bernadette CLIQUE NA FOTO


sábado, 13 de abril de 2024

Novena de Santa Bernadette – Oitavo dia

Luis Dufaur
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Oitavo Dia: amar a penitência

Fazei-nos compreender, ó Santa Bernadete, a necessidade da mortificação para a remissão das nossas culpas, conforme a mensagem que nos transmitistes da parte da Rainha do Céu.

Oferecemos especialmente em reparação pelas faltas dos fiéis no momento difícil por que passa a Igreja Católica.

Pensamento espiritual: “Penitência, penitência, penitência”. (Nossa Senhora à Santa Bernadete)

Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.

Pedir a graça que se deseja obter com esta novena.


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sexta-feira, 12 de abril de 2024

Novena de Santa Bernadette – Sétimo dia

Luis Dufaur
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Sétimo Dia: a virtude da caridade

Nós queremos nos assemelhar a vós, ó Santa Bernadete, no nosso amor a Deus e aos homens, e tornarmo-nos, como vós, instrumentos dóceis e prestativos da Providência para o bem do nosso próximo.

Pensamento espiritual: “O pouco tempo que temos no mundo, é preciso que o empreguemos bem”. (Santa Bernadete)

Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.

Pedir a graça que se deseja obter com esta novena.


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quarta-feira, 3 de abril de 2024

Santa Bernadette: exemplo de desinteresse,
de alienação e de holocausto (2)

Santa Bernadette, freira em Nevers, fim de outubro 1873
Santa Bernadette, freira em Nevers, fim de outubro 1873
Luis Dufaur
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Oração heróica de quem foi escolhida para ser o arco por onde um raio de sol penetrou no mundo contemporâneo

Eu compreendo que para muitos ouvidos, essa oração possa ter uma conotação de "heresia branca" [Nota: expressão aqui utilizada no sentido de uma atitude sentimental que se manifesta sobretudo em certo tipo de piedade adocicada e uma posição doutrinária relativista]. Entretanto ela não tem nada de "heresia branca"!

É uma oração verdadeiramente heroica. Veja a oração no post anterior CLICANDO AQUI

Qual é o heroísmo que está dentro disso?

É o seguinte: ela teve uma graça incomparável: foi a ela que Nossa Senhora apareceu. Foi a ela que Nossa Senhora indicou onde é que estava a fonte onde deveria arranhar para que saísse a água que brota até hoje com as curas milagrosas.

Foi, portanto, a partir das revelações feitas a ela que Nossa Senhora inaugurou uma série de maravilhas pelo mundo inteiro e que sob a invocação de Nossa Senhora de Lourdes a devoção a Nossa Senhora também se espalhou maravilhosamente.

quarta-feira, 20 de março de 2024

Santa Bernadette: exemplo de desinteresse,
de alienação e de holocausto (1)

Luis Dufaur
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O “testamento” de Santa Bernadette


Eu tenho aqui um extrato de um jornal de Messina (Itália), de 6 de junho de 1965, que dá uma série de pensamentos à maneira de testamento de Santa Bernadette Soubirous. Então diz o seguinte:

“Pela miséria de meu pai e pela ruína do moinho no qual moravam e pelos vários fatos infelizes que se deram em conseqüência, por termos tomado, devido inclusive o vinho do cansaço, pelas ovelhas doentes, graças vos dou, Senhor.

Eram vários infortúnios que tinham acontecido ao pai e que tinha reduzido a família do pai à miséria. É um italiano complicado esse aqui. O que quer dizer isso aqui? Comer demais, é isso?

“Pelos meninos acudidos, pelas ovelhas que tomáveis conta, graças vos dou, Senhor. Graças, ó meu Deus, pelo... pelo comissário, pelas polícias, pelas duras palavras de Dom Peyramale.

Ela foi perseguida, foi levada à polícia, maltratada pelos comissários, e o padre vigário de lá lhe disse muito duras palavras. Então, por tudo isso, diz ela: “graças vos dou, Senhor”.

quarta-feira, 6 de março de 2024

Lourdes e a Mediação Universal de Nossa Senhora

Nossa Senhora de Lourdes. Igreja da Madelaine, Paris.
Nossa Senhora de Lourdes. Igreja da Madelaine, Paris.
Luis Dufaur
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Dos muitos aspectos que tem a devoção de Nossa Senhora de Lourdes, um me parece que tem sido insuficientemente acentuado e é o seguinte: os senhores sabem que para o Reinado de Maria, uma verdade fundamental é a Mediação Universal de Nossa Senhora.

Porque para Nossa Senhora ser verdadeiramente Rainha, é preciso que Ela possa junto a Deus tudo quanto Ela queira, pois é por esta forma que Ela governa o mundo.

Nossa Senhora, pela Sua própria natureza, – Ela tem uma natureza humana como a nossa – não tem mais poder sobre os astros, sobre os homens, do que nós temos.

De maneira que, para ter o reinado de todo o universo, para ser a Rainha de todos os Anjos, a Rainha de todos os Santos, a Rainha de todos os homens, a Rainha de todo o mundo material e dominadora terribilíssima e completa do demônio, Ela precisa ter a graça de Deus.

E é exatamente enquanto ponto de convergência de todas as graças de Deus que ela é Rainha.

A onipotência de Nossa Senhora tem sido muitas vezes chamada, e muito adequadamente, onipotência suplicante, porque é por meio da súplica que Ela faz, que Ela pode tudo.

Porque Ela pode tudo junto dAquele que pode tudo, é por isso que é Rainha. E, portanto, o Reinado de Nossa Senhora é o reinado das súplicas que Ela faz, do valor das orações que Ela oferece.

Portanto, a realeza de Nossa Senhora está numa conexão íntima com o fato de Ela ser o canal de todas as graças. Ela é a Rainha de tudo porque todas as graças passam por Ela.

Todas as graças que são dadas aos homens, são dadas pelas mãos dEla. Todos os pedidos que os homens fazem são apresentados por meio dEla.

E se todos os santos e anjos do Céu pedissem algo que não fosse por meio dEla não obteriam. Ela sozinha, pedindo sem nenhum deles, obtém. De tal maneira o foco da predileção Divina se concentrou por inteiro nEla.

Lourdes: Basílica do Rosário
E depois, parte dEla de novo para toda a criação.

É porque Ela é medianeira de todas a graças que Ela é onipotente.

Há, portanto, uma espécie de correlação íntima entre uma coisa e outra.

Agora, as aparições de Lourdes se inserem numa série de aparições de Nossa Senhora no século XIX, que são as mais célebres dessas aparições e, debaixo de alguns pontos de vista, merecidamente as mais célebres.

Essas aparições de Nossa Senhora no século XIX, que culminam com Fátima, culminam com a afirmação do Reinado de Maria.

E a aparição de Lourdes, portanto, está num pontilhado de aparições que são como que, nas noites extremas de nossos dias, uma clarinada do Reino de Maria, pontos alvos anunciando que o Reino de Maria virá.

Em Lourdes, em cada uma dessas aparições, seria muito interessante estudar a presença da idéia da Mediação Universal das graças e do Reinado de Maria.

Em Lourdes, especialmente, se pode dizer debaixo de um título: Nosso Senhor poderia ter dado essa fecundidade estupenda de milagres a um santuário dEle.

Na França, por exemplo, há um santuário magnífico consagrando uma devoção estupenda a Ele, que é o Santuário de Paray-le-Monial, onde Nosso Senhor fez suas revelações a Santa Margarida Maria Alacoque.

Ele poderia perfeitamente fazer com que esses milagres se dessem lá, se dessem em todos os santuários consagrados a Ele.

Mas Ele quis que a maior fonte de milagres que houve na História da Igreja, na História do mundo, fosse num santuário consagrado a Nossa Senhora.

Lourdes: rezando no local onde rezava Bernadette
Quer dizer que Ele quis que aquelas curas todas só fossem obtidas sob a égide de Nossa Senhora, depois de uma aparição de Nossa Senhora, como uma graça de Nossa Senhora, e mediante um pedido feito a Nossa Senhora.

Ou seja, Ele quis que todas essas curas estupendas passassem pelas mãos dEla.

Quis que passassem para que?

Evidentemente para documentar o dogma, que ainda não é dogma, é verdade de fé, da Mediação Universal, para os homens compreenderem bem até que ponto Ela pode tudo.

As piores doenças, os maiores males, os sofrimentos mais horrorosos Ela cura, toma as leis mais inflexíveis da natureza e as elimina. Ela vence tudo: uma pessoa que vê sem nervo ótico...

Isso é um tal domínio de Nossa Senhora sobre a natureza, como mais não se pode imaginar! Bem, isto tudo é feito por meio dEla.

Por que? Para mostrar que todas as graças vêm por meio dEla. E a presença de todas as graças nas mãos dEla para serem distribuídas, por sua vez, quer dizer que Ela é a Rainha do Céu e da Terra. E por Ela passa tudo.

(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, 4 de fevereiro de 1965. Sem revisão do autor.)



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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Na festa de Santa Bernadette:
sofrimentos finais pelo Papa e pela vitória da Igreja

A gruta de Nossa Senhora das Águas no fundo do jardim do convento de Saint Gildard, Nevers. Essa imagem era a que mais lembrava a Nossa Senhora segundo Santa Bernadette.
A gruta de Nossa Senhora das Águas no jardim do convento de Saint Gildard, Nevers.
Essa imagem era a que mais lembrava a Nossa Senhora segundo Santa Bernadette.
Luis Dufaur
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Santa Bernadette entrou no convento de Saint Gildard, na cidade de Nevers, da Congregação das Irmãs da Caridade.

Ali fez o noviciado, passou toda sua vida de religiosa que, aliás, não foi longa, e ali faleceu.

Em Saint Gildard, Santa Bernadete ficou encarregada da enfermaria do convento.

No fundo da casa há uma imagem da Nossa Senhora das Águas, dentro de uma espécie de gruta artificial.

Santa Bernadete achava que por causa da atitude de benevolência e o sorriso, essa imagem era a que melhor lhe relembrava a Nossa Senhora como lhe apareceu em Lourdes.

A saúde de Santa Bernadete sempre foi periclitante. Com o tempo, não fez senão piorar, trazendo-lhe agonias e tormentos indizíveis. Várias vezes temeu-se que morreria logo, recebeu a Extrema unção e até proferiu os votos solenes in articulo mortis.

Em dezembro de 1876, por iniciativa do bispo diocesano e com o auxilio de outras religiosas escreveu uma carta de punho e letra ao Papa Pio IX, felizmente reinante.

Naquela época, Roma e o Vaticano estavam invadidos pelas tropas revolucionárias garibaldinas.

Beato Papa Pio IX, por quem Santa Bernadette oferecia suas mais terríveis dores
Beato Papa Pio IX, por quem Santa Bernadette oferecia suas piores dores
Ainda ecoavam no mundo católico as proezas dos zuavos pontifícios defendendo a Cidade Santa contra as tropas revolucionárias de Garibaldi e do rei Vitor Emanuel.

Na carta encontramos aspectos importantes de sua personalidade:
― “Há muito que eu sou zuavo (soldado voluntário do Papa), embora indigno, de Vossa Santidade. Minhas armas são a oração e o sacrifício”, escreveu.

E ainda dizia ao Papa da Imaculada Conceição:
― “No Céu a Santíssima Virgem deve fixar sobre vós o seu olhar com freqüência, Santíssimo Padre, pois vós a proclamastes Imaculada, e quatro anos depois, nossa boa Mãe veio à terra para dizer: ‘Eu sou a Imaculada Conceição’.”

E concluía encorajando ao Pontífice assediado por inimigos externos da Igreja e maus eclesiásticos "modernistas":
― “Eu espero que (...) esta boa Mãe (...) se dignará pousar seu pé sobre a cabeça da maldita serpente, e assim pôr termo às cruéis provações da Santa Igreja e às dores de seu augusto e bem-amado Pontífice”.



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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Explosão de satánico Carnaval na Igreja antevisto pela Beata Isabel Canori Mora

Intolerância da Bem-aventurada Isabel Canori Mora face ao carnaval
Intolerância da Bem-aventurada Isabel Canori Mora face ao carnaval
Luis Dufaur
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O jornalista Marco Tosatti teceu valiosas considerações inspirado pela atitude da Bem-aventurada Isabel Canori Mora diante do carnaval.

Glosamos e adaptamos suas reflexões com a mente posta na Beata Isabel a quem com toda admiração e devoção dedicamos uma página especial de nosso blog: “Vítima expiatória pelo Papado, anunciava grandes castigos décadas antes de La Salette e Fátima”.

Pois, tomando contato com seus manuscritos, ficamos especialmente impressionados pela luta sobrenatural em que ela aceitou as dores da reedição da Paixão desferida pelo príncipe das trevas.

Esse tentava, como tenta ainda hoje, afogar a Igreja num infernal lamaçal de irracionalidade, igualitarismo e imoralidade.

Tosatti conta que a Beata Isabel quando casou foi morar com sua nova família na bela casa de seus sogros: o Palazzo Selvaggi na centralíssima Via del Corso.

Ela teve então uma grave preocupação: em fevereiro ela teria que manter as venezianas das janelas fechadas para evitar que suas duas filhas, Mariana e Maria Lucina, vissem os escândalos dos desfiles do Carnaval Romano que aconteciam nessa Via del Corso.

Os romanos se mascaravam de modos estranhos: nobres, ricos, pobres, todos imergiam na febre do caos que, de repente, pagão, misterioso, perturbador, explodia na Cidade Santa e que nessa hora podia se nomear a Cidade da Iniquidade, diz o escritor.

Palazzo Selvaggi (estado atual), onde morou recém-casada
Na escuridão da noite, uma tentação diabólica se escondia sob cada licença material, comenta Tosatti.

Era a antiga festa da febre da Roma pagã, ou seja, fevereiro, tida como festa da malária e da purificação, que mais tarde virou carnaval.

Ateava-se um fogo que se dizia purificador, os pacientes febris (isto é, os que participavam das orgias) ateavam os “moccoletti”, pequenas velas acesas que usavam em brincadeira como símbolo de “cura”.

O Carnaval se comemorava comendo carne e cantando “carne, vale a pena! Carne, adeus!”

Nos inícios do século XIX, época da Beata Isabel, a Roma dos Papas havia retornado infelizmente ao sentido pagão original do carnaval, quer dizer a velha careta do demônio dissimulada sob formas fantasiosas, sempre impuras e hediondas.

As portas se abriam para o mundo da torpeza, que como hoje, punha tudo cabeça para baixo.

A lei do Carnaval romano consistia em pecar contra a Lei Divina
A lei do Carnaval romano consistia em pecar contra a Lei Divina

A lei consistia em pecar contra a Lei Divina, os Mandamentos de Deus. Essa febre durava não só nos dias carnavalescos, mas, sob enganadoras festas, repercutia dissimuladamente o ano inteiro.

Beata Isabel fechava as janelas porque vivia na Comunhão dos Santos em guerra contínua contra o diabo.

Mas, naqueles anos, as seitas secretas se movimentavam à sombra da Basílica de São Pedro como uma febre negra.

Assim o viram misticamente a Beata Isabel e a Beata Ana Maria Taigi. Essas associações soturnas trabalhavam muito para deformar o mundo e lhe dar o rosto que tem hoje. Cfr. Também Beata Ana Maria Taigi : “A contemplativa da luta entre a Luz e as Trevas”

Quer dizer se empenhavam para transformar o belo em feio e o bom em mau.

Maria Lucina, a filha mais nova se tornou-se freira de San Felipe Neri.

Mariana, a filha mais velha, não entendia a mãe, vivia nos novos tempos, queria casar, viver no mundo. E casou, viveu no mundo e antes de morrer, aliás jovem, ela entendeu que sua mãe tinha vivido na verdade. E se arrependeu.

Casar com o mundo, dizia a Beata, é casar com as trevas, virando as costas para a luz.

“Você sabe por que ruim significa ruim?” perguntava a santa progenitora e explicava: “ruim vem do latim captivus e significa prisioneiro”: captivus diaboli, escravo do diabo.

Os homens que correm à procura das faíscas da falsa luz, a de lúcifer, a estrela que brilha sem ser o sol, são escravos do mundo e prisioneiros do diabo.

Esses escolheram orgulhosamente o carnaval, que não é purificação da febre, mas é a imersão no mal, na traição da lei divina.

O demônio é o Rei do Carnaval nas Sodoma e Gomorra hodiernas
O demônio é o Rei do Carnaval nas Sodoma e Gomorra hodiernas,
e até nas fileiras das "cloacas de impureza" eclesiásticas
E o demônio fazia tudo isso em virtude de sua obra-prima de mentira que, como sabemos, consiste em fingir que ele não existe!

Essa falsa luz hoje ilumina a todos multiplicada pelos meios de comunicação, comenta Tosatti.

À noite, cansado de um dia de afazeres, recados e outras perambulações, ligando a Internet, a TV ou o smartphone, o jornalista encontra na telinha o ano todo, o carnaval de um mundo virado às avessas, mergulhado na inversão dos valores da alma, ensinando a torpeza e o horror.

Então o jornalista gosta ainda mais da Beata Isabel, e, cansado de palavras, fecha as novas venezianas que são as telas digitais e vá para a cama.

Os santos sempre bradaram contra o carnaval. Desde Santo Antônio até São Carlos Borromeo e São João de la Salle que comparava os “maus cristãos” do carnaval aos algozes de Jesus Cristo.

Os comparsas? São como os soldados romanos que “lançaram sortes sobre a túnica do Senhor”.

Os personagens noturnos romanos? Parecem “Judas e quem estava com ele quando aproveitaram a noite para capturar Jesus”.

E assim por diante.

O motivo é simples de entender.

A vida cristã é cheia de alegria, é ordeira, comemora em paz e respira no mais fundo da alma porque está unida a Deus.

Por isso Tosatti fecha as venezianas das telas digitais que refletem de maneira direta o que já vê no mundo.

Sim, o mundo é suficiente para mim, escreve , e não quero vê-lo de novo, nem na tela do smartphone, prossegue ele.

O que vejo é suficiente para mim, enquanto penso em Isabel, que agora, Beata, vive a verdadeira vida nas doces mãos do Senhor, enquanto seus nobres restos mortais repousam na bela igreja trinitária de San Carlino alle Quattro Fontane.

Igreja de San Carlino, altar das relíquias da Beata Isabel, Roma.
É refúgio do Carnaval para Tosatti.
E às vezes, quando o meu coração já não aguenta mais, vou até ela na pequena capela que é o último local de descanso dos seus restos terrenos. E com ela meu coração se dilata.

O Rei do Carnaval hoje reina indiscutivelmente até na Igreja que amo como meus olhos.

Lembro de um franciscano chamado Antônio, conta ainda Tosatti, que conheci há muitos anos e a quem ajudei em suas boas ações num mercado para os pobres que instalou na sacristia da sua igreja.

Distribuíamos roupas e sanduíches a todos os pobres que, com cestos e carrinhos, tinham que ouvir missa.

E aquela missa, era bela e lotada por uma variada humanidade que, enquanto esperava por lenços, mantas e chapéus, ouvia sem pestanejar as longas homilias de padre Antônio, que muitas vezes falavam do demônio.

Então um dia, o Padre foi enviado para não sei onde e em seu lugar veio um franciscano moderno que à noite reúne muitos jovens falando sobre sua experiência de casamento ou de trabalho, dando as costas ao tabernáculo.

Fui apenas uma vez. A igreja que estava quente quando havia os pobres do padre Antônio, naquele desvario de modernidade me pareceu fria.

Sim, mesmo na Igreja, o mundo entrou desordenando tudo e pondo tudo ao contrário.

Um pároco que conheço se gaba de ter esvaziado a sua igreja de fiéis e, em uma homilia, caiu acima dos que fazem oração ou puxam o terço, contou ainda o jornalista.

Suas seguidoras me disseram que logo ele será bispo. É a febre que dura desde o carnaval de fevereiro e continua em março e depois na primavera...

Porque o clero incluída sua mais alta hierarquia aparentemente foi engolido pelo fétido vazio da defecção, das “cloacas de impureza” de que falou Nossa Senhora em La Salette, e acabou escurecida por uma luz negra luciferina.

Que a Páscoa do Senhor seja uma verdadeira Ressurreição da Igreja conclui Tosatti. É também nosso voto que emerge como um clamor do mais fundo de nossa alma.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Em Lourdes Nossa Senhora esmagou o demônio

Imagem de Nossa Senhora hoje no 'cachot' esmagando o demônio. Santa Bernadette dizia que Nossa Senhora aparecia assim.
Imagem de Nossa Senhora hoje no 'cachot'
esmagando o demônio.
Santa Bernadette dizia que Nossa Senhora aparecia assim.
Luis Dufaur
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Lourdes foi uma das mais fenomenais manifestações de luta de Nossa Senhora contra o demônio.

Essa aparição se deu no auge de uma perseguição de ridicularizações, numa época em que quase o mundo inteiro não tinha mais Fé, ou fingia não ter.

Poucos eram os que professavam claramente a Fé católica.

E os que não a professavam pediam provas dela, pois diziam que tudo era superstição ridícula, adoração de imagens, roubalheira dos padres.

Nossa Senhora começou então a espantosa série dos milagres de Lourdes, feitos com aquela candura toda católica.

Há lá um Bureau Médico do qual pode participar qualquer médico, de qualquer religião, que chegue a Lourdes.

O Bureau examinava o doente, verificando com segurança se de fato ele tinha a doença que dizia.

Depois, o doente seguia para a piscina milagrosa, onde, com preterição das regras mais elementares de assepsia, todos os doentes de todas as moléstias se banhavam, sem que nunca ninguém tenha sido contagiado por aquela água infectada, mas milagrosa e sagrada.

Depois, os que se considerassem curados voltavam para o mesmo Bureau, e a cura era examinada por todos os médicos.

E o milagre só era dado por confirmado anos depois, após se ter visto que aquela cura se mantinha.

Assim mesmo, com todas essas exigências, os milagres foram em quantidade.

Um ex-seminarista que se tornou um dos mais famosos escritores ateus da França, escreveu um livro contra a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Seu nome era Ernest Renan.

Certa vez ele foi a Lourdes. Quando lá chegou, houve grande expectativa para ver o que acontecia. Mas logo que ele ouviu falar dos milagres, fugiu. Não quis assistir, e saiu correndo.

Os milagres de Lourdes continuam até hoje, com o sobrenatural mostrando, claramente, de viseira erguida, a sua existência.

Mas um número incontável de homens continua fingindo que não sabe ou que não vê. Maior prova de recusa do sobrenatural talvez não possa haver. Essa recusa sai das entranhas desse mundo que se diz cristão no qual vivemos.

Devemos compreender bem tudo isso e pedir a Nossa Senhora que nos faça ver o que representa essa experiência.

Que Ela faça de nós, desde já, os católicos heroicos, denodados, épicos, continuamente vigilantes que devemos ser.



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domingo, 24 de dezembro de 2023

Santo Natal e Feliz Ano Novo !



Natal junto ao Presépio com o coração transpassado de dor



quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Coroa do Advento:, o nascimento de Jesus se aproxima

Luis Dufaur
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Entre os muitos costumes do Natal cujas origens nem muitos sabem, figura a de montar uma coroa de galhos de pinheiro – ou equivalente – ornada com flores, frutas, bolas, fitas, muita imaginação e o mais importante: quatro velas.

Trata-se da “Coroa do Advento”.

A palavra Advento vem do latim adventus e significa “vinda” ou “chegada”.

O período litúrgico do Advento foi instituído pelo Papa São Gregório I Magno para preparar os fiéis para a vinda de Cristo.

O Advento começa quatro domingos antes do Natal e marca o início do ano litúrgico.

No século XVI na Alemanha apareceu o costume de montar a Coroa de Advento para ir marcando os domingos que faltavam até o Natal.

Em cada domingo acendia-se uma das velas, de maneira que quando todas estivessem acessas o Natal era iminente.

Também em muitas famílias ou igrejas se acrescenta no centro uma grande vela branca. Essa quinta vela é acessa na Noite de Natal.

Na Alemanha há muitas variantes em torno da ideia central e tradicionalmente as velas são vermelhas, que é a cor do fogo da graça e da Luz que o Menino Jesus vem trazer ao mundo.

Porém, na Suécia, elas são brancas para evocar a pureza da festa e, na Áustria são roxas, cor litúrgica do Advento, e simbolizam a penitência que nos prepara para bem receber o divino Redentor. Fonte.



“Rorate Caeli”: sublime canto gregoriano nos prepara para o nascimento de Jesus




Veja mais sobre o Rorate Caeli, letra, significado, etc.



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quarta-feira, 22 de novembro de 2023

As aparições de Lourdes: clarinada do Reino de Maria

Nossa Senhora é a onipotência suplicante: tudo o que Ela pede, Deus dá. Mas, se alguém pedir fora dEla, inclusive os Anjos e os Santos, Deus não dá.
Nossa Senhora é a onipotência suplicante: tudo o que Ela pede, Deus dá.
Mas, se alguém pedir fora dEla, inclusive os Anjos e os Santos, Deus não dá.
Luis Dufaur
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Acho que dos muitos aspectos da devoção a Nossa Senhora de Lourdes, um me parece que tem sido insuficientemente acentuado, e é o seguinte: os senhores sabem que para o Reinado de Maria, uma verdade fundamental é a Mediação Universal de Nossa Senhora.

Porque para Nossa Senhora ser verdadeiramente Rainha, é preciso que possa junto a Deus tudo quanto Ela queira, pois é por esta forma que Ela governa o mundo.

Pela natureza humana de Nossa Senhora, que é a mesma que a nossa, Ela não tem mais poder sobre os astros do que nós homens temos.

De maneira que, para ter o reinado de todo o universo, para ser a Rainha de todos os Anjos, a Rainha de todos os Santos, a Rainha de todos os homens, a Rainha de todo o mundo material e dominadora terribilíssima e completa do demônio, Ela precisa ter a graça de Deus.

E Ela é Rainha exatamente enquanto ponto de convergência de todas as graças de Deus.

Nossa Senhora é Rainha porque todos os pedidos
e todas as graças passam por Ela
A onipotência de Nossa Senhora tem sido muitas vezes e muito adequadamente chamada “onipotência suplicante”, porque é por meio da súplica que Ela pode tudo.

Pois Ela pode tudo junto Àquele que é onipotente, e por isso é Rainha.

Portanto, o reinado de Nossa Senhora é o reinado das súplicas que Ela faz, do valor das orações que Ela oferece.

A realeza de Nossa Senhora está numa conexão íntima com o fato de ser o canal de todas as graças.

É Rainha de tudo porque todas graças dadas aos homens são concedidas por Suas mãos.

Todos os pedidos que os homens fazem são apresentados por meio d’Ela. Se todos os santos e Anjos do Céu pedissem algo que não fosse por meio d’Ela, não obteriam.

Ela sozinha pedindo, sem nenhum deles, obtém!

De tal maneira o foco da predileção divina se concentrou por inteiro n’Ela.

E parte depois para toda a criação. Há, portanto, uma espécie de correlação íntima entre uma coisa e outra.

As aparições de Lourdes são as mais célebres de uma série de outras aparições de Nossa Senhora no século XIX.

Tais aparições culminam com Fátima (em 1917), com a afirmação do Reinado de Maria.

As de Lourdes são como que – em meio às densas trevas atuais – pontos alvos anunciando que o Reino de Maria virá, constituem uma clarinada do Reino de Maria.



(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira. Excertos de palestra pronunciada em 4 de fevereiro de 1965. Sem revisão do autor)




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quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Lourdes: como se constata um milagre científicamente

Luis Dufaur
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Para o processo de reconhecimento médico de um milagre foi instituído em Lourdes um Bureau Médico.

Esse Bureau tem sede no próprio santuário e está sempre à disposição de quem se apresente. Fazem parte dele médicos de todas as especialidades, católicos ou não católicos.

Qualquer médico presente no santuário pode assistir à verificação de cura que esteja sendo feita.

O fiel que se julga beneficiado pode se apresentar no Bureau. Nessa ocasião é elaborada uma ficha clínica do caso e feito um primeiro reconhecimento médico.

No momento de se apresentar ao Bureau, é fundamental que o interessado vá acompanhado da documentação que comprove o estado da doença antes da cura (resultados de exames, atestado médico sobre a natureza e gravidade da doença etc.).

Milhares de casos não foram aceitos para estudo por carência desse tipo de documentação, apesar de parecerem verdadeiros milagres.

Quando o Bureau julga — à luz dos documentos e da análise in loco — que o caso tem características extraordinárias, o interessado é convidado a voltar dentro de um ano, para verificar se a cura é durável.

Houve casos de fiéis que voltaram até vários anos consecutivos para conferir que a cura era definitiva.

Quando os médicos do Bureau, após atento exame, se pronunciam pela inexplicabilidade da cura, todo o dossiê é encaminhado a uma segunda instância: o Comitê Médico Internacional de Lourdes — CMIL.

O CMIL é inteiramente independente e nem sequer tem sede em Lourdes.

Ele revisa todos os dados, pode proceder a novas investigações e análises, e até ao exame da pessoa curada, ou consultar especialistas alheios ao Comitê.

Satisfeitas todas as exigências, os membros do Comitê devem responder a uma série de 16 perguntas, que não deixam margem a objeção alguma sobre a natureza da cura.

Por fim, devem responder “sim” ou “não” à pergunta: “A cura constatada em ....... constitui, nas condições em que aconteceu ou se mantém, um fenômeno contrário às observações e às previsões da experiência médica, sendo cientificamente inexplicável?”.

Caso pelo menos dois terços votem pelo sim, o dossiê com o parecer final é encaminhado para o Bispo da diocese do miraculado, para eventual proclamação canônica. O processo todo costuma durar anos.


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