Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!
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quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Sobre a Oração que o Senhor nos ensinou

- Ensinaste-nos a rezar o Pai Nosso e desde logo começamos por Te estabelecer a morada aonde só poderias estar, o Céu, mas não aquele que nossa dimensão terrena vislumbramos com os nossos olhos, mas sim Aquele que mostraste a Pedro, João e Tiago na Tua Transfiguração.

Senhor Jesus, ajuda-nos a merecer a graça de nos juntarmos a Elias e Moisés!

- «Santificado seja o Vosso nome», é nosso dever fazê-lo com amor, respeito e profunda devoção glorificando-Te conjuntamente com o Filho e o Espírito Santo.

Senhor ajuda-nos a fazê-lo hoje e sempre levando-Te a quem ainda não Te conhece ou Te recusa!

- «Assim na terra como no Céu», Pai ao enviar-nos o Vosso amado Filho fazendo-O homem e morrendo Ele por nós na Cruz e ao Ressuscitá-Lo ao terceiro dia, só podemos santificar o Vosso nome aqui na terra já que estando Ele à Vossa direita é e será glorificado e santificado pelos séculos dos séculos no Reino dos Céus.

Concede-nos Senhor a graça e ajuda para sermos bons cristãos e assim estarmos entre os eleitos para entrar no Vosso Reino!

- «o pão nosso de cada dia nos dai hoje», Senhor Jesus ao Te ofereceres na Eucaristia permitiste-nos na Tua infinita misericórdia receber-Te diariamente, também Te rogamos, nesta tão linda oração que nos ensinaste, que ajudes todos os carenciados a poderem receber os alimentos necessários à dignidade da sua condição humana.

Jesus Cristo, Filho de Deus obrigado por ouvires as nossas preces!

- «perdoai-nos as nossas ofensas», Senhor bem gostaríamos não ter de Te formular este pedido diariamente e mesmo algumas vezes ao dia, mas a nossa condição de pecadores, mesmo que em pequenos detalhes, levam-nos a ofender-Te ao não cumprirmos os Mandamentos e deixarmo-nos dominar pela visão humana das coisas e não aquela que nos ensinaste.

Meu Deus, porque sois tão bom, ajudai-nos a não Te ofender!

- «assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido», Senhor quão difícil é por vezes reconhecermo-nos coerentes com esta afirmação, que vergonha sentimos em dizê-lo a Ti que a todos perdoas.

Senhor Jesus Filho de Deus aumenta a nossa fé e ajuda-nos a ser cada vez mais fiéis imitadores Teus para que como Paulo possamos um dia dizer «não sou eu quem vive; é Cristo que vive em mim» (Gal 2, 20)

- «não nos deixeis cair em tentação», Senhor que a Tua graça nos cubra e nos dê força para à Tua semelhança, que durante 40 dias enfrentastes as tentações de Satanás, saibamos resistir-lhe incluindo as mais ínfimas coisas que se poderão tornar pronuncio de fraqueza para as maiores.

Senhor Jesus, que tão bela oração de louvor e rogo nos ensinaste, protege-nos Te suplicamos!

- «mas livrai-nos do mal», Senhor na nossa condição humana reveladora de falta de confiança e de entrega em Ti e a Ti, frequentemente assumimos como mal situações que mais tarde nos apercebemos foram para o nosso bem ou do próximo.

Ajuda-nos a ser humildes e entregarmo-nos totalmente, pois és o Bom Pastor e nada nos faltará!

JPR

terça-feira, 30 de agosto de 2022

Sabem qual é o nosso problema?

É o facto de estarmos fechados nos nossos quintalinhos, centrados no nosso umbigo e prisioneiros dos nossos interesses e opiniões pessoais.

Quem o diz é o Papa (Emérito): vivemos mergulhados em filosofias, negócios e ocupações que nos preenchem totalmente e nos afastam de Deus. Andamos distraídos, arrogantes e presunçosos.

Aparentemente livres, mas, afinal, prisioneiros do nosso eu e gradualmente insensíveis aos sinais de Deus. Homens e mulheres com coração de pedra em vez de carne… Numa palavra: pagãos!

O Papa (Emérito) é peremptório: falta-nos a humildade e simplicidade de coração. E falta-nos também a coragem para nos submetermos ao que é maior do que nós e deixar que Deus – presente aqui e agora - nos ame.

Que este ano seja para todos a grande oportunidade para responder, a Deus, que sim!

Aura Miguel em 2010

(Fonte: site Rádio Renascença)

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

João não pode ter morrido em vão

Prenderam-no e decapitaram-no por confrontar Herodes sobre o adultério que cometia ao viver com a mulher do seu irmão Filipe (cfr. Mt 14, 3-5; Mc 6, 17; Lc 3, 19-20). Em nome da “misericórdia” passar uma esponja e aceitar como válidos perante Deus e a Igreja segundos casamentos de divorciados não só é desrespeitar a palavra do Senhor e o Magistério da Igreja em relação à indissolubilidade do casamento (cfr. Mt 5, 31-31.19, 7-9; Mc 10, 1-12; Lc 16, 18; Gaudium et Spes, 48) como ignorar as palavras do Senhor sobre João Batista (Mt 11, 7-15; Lc 24-30; Jo 5, 35), ou seja, se tal sucedesse a morte de João teria sido inglória e os Sagrados Evangelhos transformados em “jornais velhos” para deitar fora.

Defendamos a Igreja unidos ao Romano Pontífice pedindo ao Divino Espírito Santo que ilumine todos os que o aconselham sobre a família e o ambiente.

JPR

"o maior entre os nascidos de mulher"

1. No dia de hoje, 29 de Agosto, a tradição cristã recorda o martírio de São João Batista, "o maior entre os nascidos de mulher", segundo o elogio do próprio Messias (cf. Lc 7, 28). Ele prestou a Deus o testemunho supremo do sangue, imolando a sua existência pela verdade e a justiça; com efeito, foi decapitado por ordem de Herodes, a quem tinha ousado dizer que não era lícito casar com a mulher do seu irmão (cf. Mc 6, 17-29).

2. Recordando o sacrifício de João Batista, na Carta Encíclica Veritatis splendor (cf. n. 91) observei que o martírio constitui "um sinal preclaro da santidade da Igreja" (n. 93). Efetivamente, ele "representa o ápice do testemunho a favor da verdade moral" (Ibidem). Se são relativamente poucas as pessoas chamadas ao sacrifício supremo, há porém "um testemunho coerente que todos os cristãos devem estar prontos a dar em cada dia, mesmo à custa de sofrimentos e de graves sacrifícios" (Ibidem). É verdadeiramente necessário um compromisso, por vezes heróico, para não ceder, até mesmo na vida quotidiana, às dificuldades que levam ao compromisso, e para viver o Evangelho "sine glossa".

3. O exemplo heróico de João Batista faz pensar nos mártires da fé que, ao longo dos séculos, seguiram corajosamente as suas pegadas. De modo especial, voltam-me à mente os numerosos cristãos que, no século passado, foram vítimas do ódio religioso em diversas nações da Europa. Mesmo hoje, nalgumas partes do mundo, os fiéis continuam a ser submetidos a duras provações, em virtude da sua adesão a Cristo e à sua Igreja.

Que estes nossos irmãos e irmãs sintam a plena solidariedade de toda a comunidade eclesial! Confiemo-los à Virgem Santa, Rainha dos mártires, que agora invocamos em conjunto.

(São João Paulo II – Angelus do dia 29 de agosto de 2004)

João Batista morre por Cristo

Lansperge, o Cartuxo (1489-1539), religioso e teólogo 

Sermão sobre a Degolação de São João Batista. Opera omnia, t. 2, pp. 514 ss.

João não viveu para si próprio nem morreu para si próprio. A quantos homens carregados de pecados a sua vida dura e austera não terá levado à conversão? A quantos homens a sua morte não merecida não terá encorajado a suportar as provas? E a nós, donde nos vem hoje a ocasião para darmos fielmente graças a Deus, senão da lembrança de São João Baptista, assassinado pela justiça, ou seja por Cristo? [...]

Sim, João Batista sacrificou de todo o coração a sua vida terrena por amor de Cristo; preferiu menosprezar as ordens do tirano que as de Deus. Este exemplo ensina-nos que nada nos deve ser mais querido que a vontade de Deus. Agradar aos homens não serve de grande coisa; em geral, até prejudica grandemente. [...] Por esta razão, com todos os amigos de Deus, morramos para os nossos pecados e as nossas preocupações, pisemos o nosso amor próprio desviado e deixemos crescer em nós o amor fervoroso a Cristo.

domingo, 28 de agosto de 2022

“Tarde Te amei!” - Santo Agostinho

"Et ecce intus eras et ego foris et ibi te quaerebam, et in ista formosa quae fecisti deformis irruebam..."

1. Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova… Tarde Te amei! Trinta anos estive longe de Deus. Mas, durante esse tempo, algo se movia dentro do meu coração… Eu era inquieto, alguém que buscava a felicidade, buscava algo que não achava… Mas Tu Te compadeceste de mim e tudo mudou, porque Tu me deixaste conhecer-Te. Entrei no meu íntimo sob a Tua Guia e consegui, porque Tu Te fizeste meu auxílio.

2. Tu estavas dentro de mim e eu fora… “Os homens saem para fazer passeios, a fim de admirar o alto dos montes, o ruído incessante dos mares, o belo e ininterrupto curso dos rios, os majestosos movimentos dos astros. E, no entanto, passam ao largo de si mesmos. Não se arriscam na aventura de um passeio interior”. Durante os anos de minha juventude, pus meu coração em coisas exteriores que só faziam me afastar cada vez mais d’Aquele a Quem meu coração, sem saber, desejava… Eis que estavas dentro e eu fora! Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Estavas comigo e não eu Contigo…
3. Mas Tu me chamaste, clamaste por mim e Teu grito rompeu a minha surdez… “Fizeste-me entrar em mim mesmo… Para não olhar para dentro de mim, eu tinha me escondido. Mas Tu me arrancaste do meu esconderijo e me puseste diante de mim mesmo, a fim de que eu enxergasse o indigno que era, o quão deformado, manchado e sujo eu estava”. Em meio à luta, recorri a meu grande amigo Alípio e lhe disse: “Os ignorantes nos arrebatam o céu e nós, com toda a nossa ciência, nos debatemos em nossa carne”. Assim me encontrava, chorando desconsolado, enquanto perguntava a mim mesmo quando deixaria de dizer “Amanhã, amanhã”… Foi então que escutei uma voz que vinha da casa vizinha… Uma voz que dizia: “Pega e lê. Pega e lê!”.
4. Brilhaste, resplandeceste sobre mim e afugentaste a minha cegueira. Então corri à Bíblia, abri-a e li o primeiro capítulo sobre o qual caiu o meu olhar. Pertencia à carta de São Paulo aos Romanos e dizia assim: “Não em orgias e bebedeiras, nem na devassidão e libertinagem, nem nas rixas e ciúmes. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo” (Rm 13,13s). Aquelas Palavras ressoaram dentro de mim. Pareciam escritas por uma pessoa que me conhecia, que sabia da minha vida.
5. Exalaste Teu Perfume e respirei. Agora suspiro por Ti, anseio por Ti! Deus… de Quem separar-se é morrer, de Quem aproximar-se é ressuscitar, com Quem habitar é viver. Deus… de Quem fugir é cair, a Quem voltar é levantar-se, em Quem apoiar-se é estar seguro. Deus… a Quem esquecer é perecer, a Quem buscar é renascer, a Quem conhecer é possuir. Foi assim que descobri a Deus e me dei conta de que, no fundo, era a Ele, mesmo sem saber, a Quem buscava ardentemente o meu coração.
6. Provei-Te, e, agora, tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me, e agora ardo por Tua Paz. “Deus começa a habitar em ti quando tu começas a amá-Lo”. Vi dentro de mim a Luz Imutável, Forte e Brilhante! Quem conhece a Verdade conhece esta Luz. Ó Eterna Verdade! Verdadeira Caridade! Tu és o meu Deus! Por Ti suspiro dia e noite desde que Te conheci. E mostraste-me então Quem eras. E irradiaste sobre mim a Tua Força dando-me o Teu Amor!
7. E agora, Senhor, só amo a Ti! Só sigo a Ti! Só busco a Ti! Só ardo por Ti!…
8. Tarde te amei! Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova! Tarde demais eu Te amei! Eis que estavas dentro, e eu, fora – e fora Te buscava, e me lançava, disforme e nada belo, perante a beleza de tudo e de todos que criaste. Estavas comigo, e eu não estava Contigo… Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Chamaste, clamaste por mim e rompeste a minha surdez. Brilhaste, resplandeceste, e a Tua Luz afugentou minha cegueira. Exalaste o Teu Perfume e, respirando-o, suspirei por Ti, Te desejei. Eu Te provei, Te saboreei e, agora, tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me e agora ardo em desejos por Tua Paz!
Santo Agostinho, Confissões 10, 27-29

Catequeses de Bento XVI sobre Santo Agostinho de Hipona

sábado, 27 de agosto de 2022

Amor à Igreja e ao Papa

Cada dia hás-de crescer em lealdade à Igreja, ao Papa, à Santa Sé... Com um amor cada vez mais teológico! (Sulco, 353)

Para mim, depois da Santíssima Trindade e de nossa Mãe a Virgem, vem logo o Papa, na hierarquia do amor. Não posso esquecer que foi S.S. Pio XII quem aprovou o Opus Dei, quando este caminho de espiritualidade parecia a alguns uma heresia; mas também não esqueço que as primeiras palavras de carinho e afeto que recebi em Roma, em 1946, disse-mas o então Mons. Montini. Tenho também muito presente o encanto afável e paternal de João XXIII, de todas as vezes que tive ocasião de o visitar. Uma vez disse-lhe: «Todos, católicos ou não, têm encontrado na nossa Obra um lugar acolhedor: não tive de aprender o ecumenismo com Vossa Santidade ...». E o Santo Padre João sorriu emocionado. Que quer que lhe diga? Todos os Romanos Pontífices têm tido compreensão e carinho para com o Opus Dei.
Temas atuais do cristianismo, 46

A nossa Santa Mãe a Igreja, em magnífica extensão de amor, vai espalhando a semente do Evangelho por todo o mundo. De Roma à periferia. Ao colaborares nessa expansão, pelo orbe inteiro, leva a periferia ao Papa, para que a terra toda seja um só rebanho e um só Pastor: um só apostolado!
Forja, 638

Oferece a oração, a expiação e a ação por esta finalidade: «ut sint unum!», para que todos os cristãos tenham uma mesma vontade, um mesmo coração, um mesmo espírito: para que «omnes cum Petro ad Iesum per Mariam!», todos, bem unidos ao Papa, vamos a Jesus, por Maria.
Forja, 647

Maria, na verdade, edifica continuamente a Igreja, reúne-a, mantém-na coesa. É difícil ter autêntica devoção à Virgem sem nos sentirmos mais vinculados aos outros membros do Corpo Místico e também mais unidos à sua cabeça visível, o Papa. Por isso me agrada repetir: Omnes cum Petro ad Iesum per Mariam! "todos, com Pedro, a Jesus, por Maria!" E assim, ao reconhecer-nos como parte da Igreja e convidados a sentir-nos irmãos na Fé, descobrimos mais profundamente a fraternidade que nos une à Humanidade inteira, porque a Igreja foi enviada por Cristo a todos os homens e a todos os povos.
Cristo que passa, 139

São Josemaria Escrivá

Santa Mónica – as lágrimas e o sonho (não deixe ler este lindo excerto de Santo Agostinho filho de Santa Mónica)

E do alto lançaste a mão e desta profunda escuridão arrancaste a minha alma, chorando por mim minha mãe, Tua fiel, diante de Ti, mais do que choram as mães nas exéquias do corpo. Ela via a minha morte na fé e no espírito que recebera de Ti, e Tu ouviste-a, Senhor, ouviste-a e não desprezaste as suas lágrimas, quando irrigavam profusamente a terra debaixo dos seus olhos em todo o lugar da sua oração: ouviste-a. Pois donde veio aquele sonho com que a consolaste, para que acedesse a viver comigo e a ter comigo a mesma mesa em casa? O que começara por não querer, repudiando e detestando as blasfémias do meu erro. Viu, com efeito, de pé, numa espécie de régua de madeira, um jovem que vinha em direcção a ela, resplandecente, alegre e sorrindo-lhe, estando ela acabrunhada e consumida pela tristeza e das suas lágrimas diárias, para informar, como é costume, não para saber, e como ela respondesse que chorava a minha perdição, ele ordenou e advertiu, para que ficasse tranquila, que reparasse e visse onde ela estava estava também eu. Quando ela reparou, viu-me a seu lado de pé na mesma régua. Porquê isto, senão porque os Teus ouvidos estavam junto do seu coração, ó Tu, bom e omnipotente, que cuidas de cada um de nós como se cuidasses de um só, e de todos como de cada um?

(Confissões – Livro III – XI, 19 - Santo Agostinho)

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Na amizade de Cristo

«Quem deixa entrar Cristo não perde nada, nada, absolutamente nada daquilo que torna a vida livre, bela e grande. Não! Só esta grande amizade nos abre plenamente as portas da vida. Só nela se revelam verdadeiramente as grandes potencialidades da condição humana. Só nesta amizade experimentamos o que é belo e o que liberta».

(Bento XVI - Homilia da Missa Inaugural do Pontificado – 24/IV/2005)

Infelizmente, sucede que muitos entre nós num ato de arrogância extrema, que até admito, jamais lhes tenha ocorrido que o praticam, se sentem tão seguros de si próprios, que Jesus Cristo para eles é um “mito” que colocam ao mesmo nível de um Che Guevara e de um qualquer herói desportivo e quem lhes fala d'Ele são considerados uns “anormais fundamentalistas”.

Aqui permito-me recordar a perseverança de S. Paulo e dizer que jamais falar de Cristo, da Santíssima Trindade, da Virgem Maria, da Santa Madre Igreja, sejam quais forem os obstáculos, será um ato inócuo, muitas vezes, se calhar a maior parte delas, quando nos dirigimos aos “progressistas” renitentes em nos escutar, os resultados são aparentemente frustrantes, mas não nos esqueçamos, que se assim for, sê-lo-ão por vontade de Deus Nosso Senhor, cujos caminhos na nossa humilde condição terrena não temos capacidade de entender, mas, e aqui vem a parte mais gratificante, Ele ficará honrado e glorificado, além da semente ter sido lançada, ainda que a não venhamos a ver frutificar de imediato.

Saibamos pois, imitar S. Paulo e todos os Santos que jamais desistiram de anunciar o Senhor e proclamar a Sua Santíssima Mãe.

JPR

terça-feira, 23 de agosto de 2022

Receber o Senhor

«Sempre que O recebemos, anunciamos a morte do Senhor. Se nós anunciamos a morte do Senhor, anunciamos a remissão dos pecados. Se, de cada vez que o seu sangue é derramado, é derramado para remissão dos pecados, eu devo recebê-lo sempre, para que sempre Ele perdoe os meus pecados. Eu que peco sempre, devo ter sempre um remédio»

Santo AmbrósioDe Sacramentis, 4. 28: CSEL 73, 57-58 (PL 16, 446)

domingo, 21 de agosto de 2022

São Josemaría sobre a Festa de São Pio X

Festa de S. Pio X. Sobre este Santo Pontífice escreve em Cristo que passa: “Peço desculpa de contar de novo uma recordação da minha infância, desta vez relativa a uma imagem que se difundiu muito na minha terra, quando S. Pio X impulsionou a prática da comunhão frequente. Representava Maria a adorar a Hóstia Santa. Hoje, como então e como sempre, Nossa Senhora ensina-nos a falar e a conviver intimamente com Jesus, a reconhecê-Lo e a encontrá-Lo nas diversas circunstâncias do dia e, de um modo especial, nesse instante supremo - o tempo une-se com a eternidade – do Santo Sacrifício da Missa, em que Jesus, com gesto de sacerdote eterno, atrai a si todas as coisas, para as colocar divino afflante Spiritu, por intermédio do sopro do Espírito Santo, na presença de Deus Pai”.

Catequese de Bento XVI sobre São Pio X

São Pio X, deixou um sinal indelével na historia da Igreja e foi caracterizado por um notável esforço de reforma, sintetizada no mote, “instaurare omnia in Christo”, - renovar todas as coisas em Cristo”.

De facto foram numerosas as iniciativas de Pio X: a reorganização da Cúria Romana, o inicio dos trabalhos para a redacção do Código de Direito Canónico, a revisão dos estudos e o “iter” de formação dos futuros padres, com a fundação de vários seminários regionais. Teve muito a peito a formação doutrinal do Povo de Deus e desde os anos em que era pároco tinha redigido um catecismo e durante o seu episcopado na diocese italiana de Mântua tinha trabalhado para que se chegasse a um catecismo único, senão universal, pelo menos italiano.

Como pastor autentico compreendera que a situação da época, também devido ao fenómeno da emigração, tornava necessário um catecismo ao qual cada fiel pudesse referir-se, independentemente do lugar e das circunstancias da vida.

Como pontífice preparou um texto de doutrina cristã para a diocese de Roma, que se difundiu depois na Itália e no mundo. Este Catecismo, chamado de Pio X, foi para muitos um guia seguro para aprender as verdades da fé pela linguagem simples, clara e precisa e pela eficácia de exposição.

Notável atenção dedicou também à reforma da Liturgia, em particular da Musica Sacra para levar os fiéis a uma vida de oração mais profunda e a uma participação nos Sacramentos mais plena.

Ele afirma que o espírito cristão autentico tem a sua primeira e indispensável fonte na participação activa nos sacrossantos mistérios e na oração publica e solene da Igreja. Por isso recomendou o abeirar-se frequentemente dos Sacramentos favorecendo a frequência diária na Sagrada Comunhão, bem preparados, e antecipando oportunamente a Primeira Comunhão das crianças, por volta dos sete anos, quando a criança começa a raciocinar.

Fiel à tarefa de confirmar os irmãos na fé, São Pio X, perante algumas tendências que se manifestaram em âmbito teológico em finais do século XIX e inicio do século XX interveio com decisão, condenando o “Modernismo”, para defender os fiéis de concepções erróneas e promover um aprofundamento cientifico da Revelação em consonância com a Tradição da Igreja. Em 1909 fundou o Instituto Bíblico Pontifício. Os últimos meses da sua vida foram funestados pelo deflagrar da guerra.

O apelo aos católicos do mundo inteiro, lançado a 2 de Agosto de 1914 para exprimir a dor da hora presente, era o grito sofredor do pai que vê os filhos alinhados uns contra os outros. Morreu dali a pouco a 20 de Agosto e a sua fama de santidade começou a difundir-se imediatamente junto do povo cristão.

Mas o que é que São Pio X nos deixa hoje?

São Pio X ensina-nos que na base da nossa acção apostólica, nos vários campos onde actuamos, deve estar sempre uma intima união pessoal com Cristo, que deve ser cultivada, e deve crescer dia após dia: este é o núcleo do seu ensinamento e do seu empenho pastoral. Somente se estivermos enamorados do Senhor, seremos capazes de levar os homens a Deus e abri-los ao Seu amor misericordioso e assim abrir o mundo á misericórdia de Deus.

(Bento XVI na Audiência em Castelgandolfo de 18.08.2010)

sábado, 20 de agosto de 2022

São Bernardo de Claraval, doutor mariano

“Este místico, desejoso de viver imerso no vale luminoso da contemplação, foi levado pelos acontecimentos a viajar através da Europa, para servir a Igreja, nas necessidades do seu tempo e defender a fé cristã.

Foi classificado como doutor mariano, não por ter escrito muitíssimo sobre Nossa Senhora, mas porque soube captar o seu papel essencial na Igreja, apresentando-a como modelo perfeito da vida monástica e de qualquer outra forma de vida cristã”.

(Bento XVI – Audiência de 20.08.2008)

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

A Grega da Turquia

É tão grande a multidão dos santos e santas que, ao fim de vinte séculos de cristianismo, não é possível celebrá-los todos. Destacam-se uns poucos, conforme a sensibilidade de cada época, mas todos contribuem para tornar gloriosa a história da Igreja. Entre esses santos, conta-se uma mulher do século IV, que se celebra no dia 18 de Agosto. Hoje em dia é menos lembrada, mas muitos a recordam, numa das quatro estátuas colossais que estão sob a cúpula da basílica de S. Pedro, uma em cada esquina, diante do altar papal. A estátua dela é obra do escultor Andrea Bolgi (1651).

Nasceu na província romana de Bitínia, hoje no Norte da Turquia, junto ao Mar Negro, numa família pagã, pobre. Deram-lhe um nome que estava na moda, Helena, que significa de origem grega, apesar de a Bitínia não fazer parte da Grécia.

Ainda muito nova, quando trabalhava numa hospedaria, passou por lá o poderoso Tribuno romano Constâncio Cloro que reparou na elegância e na inteligência e a tomou como mulher. O direito romano não permitia que um Tribuno daquele estatuto se casasse com uma rapariga do povo, mas ninguém proibia que Cloro vivesse com ela. Tiveram um filho, chamado Constantino, que ainda muito novo se manifestou um líder extraordinário, adorado pelos exércitos sob o seu comando e pelo povo.

A carreira fulgurante de Constâncio Cloro elevou-o a César da Gália, da Grã-Bretanha e da Espanha, isto é, de toda a Europa romana da época, à excepção da Grécia e da Itália, e, chegou o momento em que lhe deu jeito casar-se com Teodora, filha do Imperador Maximiliano Hércules. Para isso, Cloro repudiou Helena e separou-o do filho de ambos, Constantino.

Este revés durou treze anos, até à morte de Constâncio Cloro, ocasião em que o jovem Constantino ascendeu a César e, por manobras políticas, batalhas vitoriosas e eliminação de adversários, chegou rapidamente a Imperador único de Roma. A partir desse momento, Helena tornou-se a mãe do Imperador, a quem ele se sentia profundamente ligado.

A aldeia em que Helena nasceu foi elevada a Cidade de Helena, «Helenópolis», e Constantino concedeu enorme autoridade à sua mãe e deu-lhe o título de «Augusta».

Foi nessa época que Helena se converteu ao cristianismo e realizou uma revolução na sociedade romana. Interessou-se pelos pobres, pelos doentes, pelos prisioneiros, pelos mineiros e por outros trabalhadores que viviam em condições difíceis. Era uma mulher poderosa, atraente, activa e inteligente, que sabia conviver com o povo e com os mais altos dignatários, com um grande sentido da justiça e uma autoridade inata, naquele ambiente dominado por homens violentos. Não se pense que a situação de Helena era fácil. A violência e os assassinatos eram comuns na corte e o próprio Constantino cometeu vários homicídios, até entre familiares próximos. Helena interveio, mas nem sempre chegou a tempo. A Igreja, até então perseguida, deveu-lhe muito.

Naqueles tempos, em que muitos dos que sobreviviam à nascença não chegavam aos 40 anos, Helena viveu —cheia de energia e actividade— até aos 80. Ainda nos últimos tempos, fez várias viagens, a principal das quais à Terra Santa, para se ocupar dos lugares da vida de Cristo.

Uma das medidas dos imperadores pagãos para combater o cristianismo tinha sido destruir os lugares mais sagrados da vida de Cristo: o Calvário onde foi crucificado, o túmulo, a gruta de Belém onde nascera, o Jardim das Oliveiras. Curiosamente, ao construírem templos pagãos nesses lugares, pretendendo apagar deles a memória de Cristo, documentaram para a história onde ficavam exactamente esses mesmos lugares. Helena dirigiu as obras de recuperação e as escavações para encontrar a Cruz do Salvador. Efectivamente, desenterram no local três cruzes e encontrou-se a inscrição mandada colocar por Pilatos, «Jesus Nazareno, Rei dos Judeus», como o atestam os Evangelhos de S. Mateus, de S. Marcos, de S. Lucas e de S. João. No entanto, subsistiam dúvidas sobre qual das três cruzes era a de Jesus, que ficaram esclarecidas quando um doente ficou curado milagrosamente ao tocar numa delas. Encontraram-se também os pregos que fixaram Jesus à Cruz e, por influência da mãe, o Imperador Constantino juntou um desses pregos ferrugentos às jóias do seu diadema imperial.

É impossível resumir aqui o que Santa Helena fez na Terra Santa e noutros lugares, porque manteve uma actividade incessante até aos 80 anos. A memória da Igreja recorda sobretudo a sua relação com a Cruz de Jesus e por isso a escultura gigantesca que está diante do altar papal, na basílica de S. Pedro, representa-a segurando devotamente a Cruz. Hoje, poucas vezes se celebra a memória de Santa Helena no dia 18 de Agosto, mas é fácil lembramo-nos dela na grande festa do dia 14 de Setembro, chamada da Exaltação da Santa Cruz.

José Maria C.S. André

Nota JPR: Porque o blogue irá cessar as suas publicações a partir do dia 1 de setembro de 2022, facto que se deve exclusivamente a motivos de saúde, este será o último artigo de José Maria André aqui publicado. É com alguma emoção e tristeza porque não dizê-lo, que escrevo estas linhas. Invade-me também um sincero sentimento de gratidão para com o José Maria, a quem desejo que continue a escrever e a divulgar a sã doutrina e factos da Igreja. Bem-haja!

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

As bem-aventuranças

«(…) as Bem-Aventuranças são sinais que indica a estrada também à Igreja; esta deve reconhecer nelas o seu modelo, indicações do seguimento importantes para todo o fiel, embora o sejam de modo diferente segundo as várias vocações».

(“Jesus de Nazaré” – Joseph Ratzinger / Bento XVI)

As bem-aventuranças estão no coração da pregação de Jesus. O seu anúncio retorna as promessas feitas ao povo eleito, desde Abraão. A pregação de Jesus completa-as, ordenando-as, não já somente à felicidade resultante da posse duma terra, mas ao Reino dos céus:

«Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus.
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a tema.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos céus.Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal de vós. Alegrai-vos e exultai, pois é grande nos céus a vossa recompensa» 
(Mt 5, 3-12).

(Catecismo da Igreja Católica § 1716)

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

A barca que parece afundar-se

«Senhor, muitas vezes a vossa Igreja parece-nos uma barca que está para afundar, uma barca que mete água por todos os lados. E mesmo no vosso campo de trigo, vemos mais cizânia que trigo. O vestido e o rosto tão sujos da vossa Igreja horrorizam-nos. Mas somos nós mesmos que os sujamos! Somos nós mesmos que Vos traímos sempre, depois de todas as nossas grandes palavras, os nossos grandes gestos.»

Cardeal Joseph Ratzinger, na Oração da 9ª Estação da Via Sacra no Coliseu – sexta-feira Santa 2005

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Adormeceu a Mãe de Deus

Esta é a chave para abrir a porta e entrar no Reino dos Céus: "qui facit voluntatem Patris mei qui in coelis est, ipse intrabit in regnum coelorum" – quem faz a vontade de meu Pai..., esse entrará! (Caminho, 754)

Assumpta est Maria in coelum gaudent angeli! – Maria foi levada por Deus, em corpo e alma, para o Céu. E os Anjos rejubilam!

Assim canta a Igreja. – E é assim, com este clamor de regozijo, que começamos a contemplação, desta dezena do Santo Rosário.

Adormeceu a Mãe de Deus. – Em volta do seu leito encontram-se os doze Apóstolos.

– Matias substituiu Judas.

E nós, por graça que todos respeitam, estamos também a seu lado.

Mas Jesus quer ter Sua Mãe, em corpo e alma, na Glória. – E a Corte celestial ostenta todo o seu esplendor, para receber a Senhora. – Tu e eu – crianças, afinal – pegamos na cauda do esplêndido manto azul da Virgem e assim podemos contemplar aquela maravilha.

A Trindade Santíssima recebe e cumula de honras a Filha, Mãe e Esposa de Deus... – E é tamanha a majestade da Senhora, que os Anjos perguntam Quem é esta? (Santo Rosário, 4º mistério Glorioso)

São Josemaría Escrivá

A última etapa da peregrinação terrena da Mãe de Deus…

… convida-nos a olhar para o modo como Ela percorreu o seu caminho rumo à meta da eternidade gloriosa.
(…)
Então, em Maria que subiu aos céus nós contemplamos Aquela que, por um privilégio singular, com a alma e com o corpo, se tornou partícipe da vitória definitiva de Cristo sobre a morte. "Terminando o curso da sua vida terrena — diz o Concílio Vaticano II — foi levada à glória celeste em corpo e alma, e exaltada pelo Senhor como Rainha do Universo, para que se parecesse mais com o seu Filho, Senhor dos Senhores" (cf. Ap 19, 16) e vencedor do pecado e da morte" (Lumen gentium, 59). Na Virgem da Assunção ao céu contemplamos a coroação da sua fé, daquele caminho de fé que Ela indica à Igreja e a cada um de nós: Aquela que em cada momento acolheu a Palavra de Deus, subiu ao céu, ou seja, Ela mesma foi acolhida pelo Filho naquela "morada", que nos preparou com a sua morte e ressurreição (cf. Jo 14, 2-3).
(…)
Com São Bernardo, místico cantor da Virgem Santa, assim a invocamos: "Suplicamos-te, ó bendita, pela graça que Tu encontraste, por aquelas prerrogativas que Tu mereceste, pela Misericórdia que Tu deste à luz, faz com que Aquele que por ti se dignou tornar-se partícipe da nossa miséria e enfermidade, graças à sua intercessão, nos torne partícipes das suas graças, da sua bem-aventurança e da sua glória eterna, Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que está acima de todas as coisas, Deus bendito nos séculos dos séculos. Amém" (Sermo 2 de Adventu, 5: pl 183, 43).

(Bento XVI – Excerto homilia da Santa Missa na Solenidade de Nossa Senhora da Assunção na Paróquia de São Tomás de Vilanova, Castelgandolfo - Sábado, 15 de Agosto de 2009)

Solenidade da Assunção de Nossa Senhora

Por ocasião desta solenidade, convido-vos a meditar e a pôr em prática, seguindo os ensinamentos do Santo Padre (Bento XVI) e à luz do exemplo de S. Josemaria, algumas consequências que podemos descobrir ao contemplar esta cena.

O autor da epístola aos Hebreus recorda que o local mais importante do antigo templo de Jerusalém, o Santo dos Santos, continha um altar de incenso, de oiro, e a arca da Aliança, coberta de oiro por todos os lados, na qual estava uma ânfora de oiro com o maná, a vara de Aarão, que germinou, e as tábuas da Aliança [4]. Detenhamo-nos na figura da arca, símbolo de Maria. O facto de se encontrar no lugar mais sagrado do templo fala­‑nos já da especial proximidade e intimidade da Virgem com Deus: mais do que tu, só Deus![5], exclamamos gozosamente e sentindo essa necessidade, unidos a S. Josemaria. As tábuas da lei, que Deus entregou a Moisés, manifestavam a vontade divina de manter a aliança com o seu povo, se este permanecesse fiel ao seu pacto. A Sagrada Escritura narra como, apesar dos cuidados do Senhor, Israel foi repetidamente infiel. A Santíssima Virgem não foi assim, pois como o Papa recalca, Maria é a arca da aliança, porque acolheu em si mesma Jesus; recebeu em si a Palavra viva, todo o conteúdo da vontade de Deus, da verdade de Deus; acolheu em si Aquele que constitui a nova e eterna aliança, culminada com a oferenda do seu corpo e do seu sangue: corpo e sangue recebidos de Maria [6].

Aqui descobrimos uma primeira lição da nossa Mãe, que desejamos assimilar mais profundamente para a praticar o convite a procurar diariamente a união mais plena possível com a Vontade santa de Deus, nos momentos agradáveis e especialmente nos que são incómodos e exigem sacrifício. A fidelidade ao querer divino nas circunstâncias custosas será a prova mais clara da retidão das nossas intenções e da firmeza dos nossos desejos de seguir Jesus de perto. Não vos vêm à memória aquelas palavras de S. Josemaria numa oração ao Espírito Santo? : quero o que quiseres, quero porque queres, quero como quiseres, quero quando quiseres... [7].

[4]. Hb 9, 4.
[5]. S. Josemaria, Caminho, n. 496.
[6]. Bento XVI, Homilia na Solenidade da Assunção, 15-VIII-2011.
[7]. S. Josemaria, Manuscrito autógrafo, abril de 1934.

(D. Javier Echevarría na carta de mês de agosto de 2012)