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terça-feira, 16 de abril de 2024

A catedral esposa de Cristo

Catedral de Santo Estêvão, Viena, Áustria.
Catedral de Santo Estêvão, Viena, Áustria.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








A catedral é também esposa de Cristo, como lembra ainda o Apocalipse :

2. Eu vi descer do céu, de junto de Deus, a Cidade Santa, a nova Jerusalém, como uma esposa ornada para o esposo.

3. Ao mesmo tempo, ouvi do trono uma grande voz que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens. Habitará com eles e serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles.

4. Enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição.

5. Então o que está assentado no trono disse: Eis que eu renovo todas as coisas. Disse ainda: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.

6. Novamente me disse: Está pronto! Eu sou o Alfa e o Ômega, o Começo e o Fim. A quem tem sede eu darei gratuitamente de beber da fonte da água viva.

7. O vencedor herdará tudo isso; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.

8. Os tíbios, os infiéis, os depravados, os homicidas, os impuros, os maléficos, os idólatras e todos os mentirosos terão como quinhão o tanque ardente de fogo e enxofre, a segunda morte. (Apocalipse, 21, 2-8)

A catedral enquanto porta-voz e torre de vigia de Nossa Senhora

Catedral de Burgos, Espanha torres com campanários
Catedral de Burgos, Espanha torres com campanários
Normalmente todas as igrejas dispõem de um ou mais campanários, que na Idade Média eram chamados de Torre de David.

Pois essa parte constitutiva da igreja está associada à Santíssima Virgem, descendente e princesa da Casa Real de David.

O som dos sinos é a própria voz de Nossa Senhora, que chama à oração o povo disperso em meio às distrações da vida.

A torre do sino também é uma torre de vigia, de onde nossa Rainha, Sentinela do Deus Invisível, percebe e recebe os sinais do Deus Eterno.

A partir dessa torre que exorciza os demônios Ela age, “terrível como um exército em ordem de batalha” (Cant 6).

Ela lança flechas que expulsam os espíritos malignos, e atrai para junto de seu Divino Filho o povo que verdadeiramente acredita n’Ele.

Almas belas como as catedrais

Deus é a Beleza, Ele é a Bondade e a Verdade em sua forma absoluta e perfeita.

Para anunciar Deus no meio da civilização, a simplicidade e a pureza das catedrais e das igrejas são os melhores símbolos, armas e instrumentos.

Essas armas podem tocar os corações tíbios e desorientados, os espíritos desanimados pela mata escura de símbolos materialistas e sem alma. Símbolos que não são símbolos, mas negrumes que abrem para o abismo do vazio.

Falsos símbolos que falam sistematicamente contra a herança do simbolismo católico e que exercem hoje um atrativo que não deveriam exercer.

Fachada da catedral de Notre Dame de Paris, detalhe.
Fachada da catedral de Notre Dame de Paris, detalhe.
Não devemos, pois, ter medo do poder dos símbolos católicos.

Devemos conhecê-los, amá-los e saber explicá-los aos outros, sejam cristãos ou não.

O simples fato de fazer o Sinal da Cruz cada vez que passamos diante de uma igreja já é um exemplo de algo que todos podemos fazer.

Esses gestos exteriores, sobretudo quando animados por um amor interior encravado no nosso coração e no nosso intelecto pelo conhecimento racional do simbolismo, fazem de nós pessoas espirituais sinceramente atentas à voz de Deus, que fala por meio desses símbolos.

Poucas coisas podem ser tão meritórias e gratas a Deus do que acender nos corações e nos intelectos dos nossos contemporâneos esse amor e esses conhecimentos.

Tocados pela graça, eles também poderão resplandecer de Caridade e do amor que desce escachoante do Sagrado Coração de Jesus e do Coração Imaculado de Maria, Rei e Rainha dos templos sagrados.




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terça-feira, 2 de abril de 2024

Mont Saint-Michel, moradia do Príncipe da Milícia Celeste

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
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Em 966, a pedido do duque da Normandia, os monges beneditinos instalaram-se no Monte São Miguel.

O Monte é um promontório numa bahia, e construíram uma igreja onde até então havia uma capela.

No século XI, nova e magnífica igreja abacial ergueu-se no cume do rochedo, sobre um conjunto de criptas: os medievais a viam como figura da Jerusalém celeste.

Em 1204, uma parte da abadia foi destruída por um incêndio.

No mesmo ano o rei Filipe Augusto, avô de São Luís, venceu definitivamente os normandos, anexando o ducado à Coroa de França.

Para manifestar sua gratidão por essa conquista, fez uma doação à Abadia de São Miguel, o que permitiu a construção do conjunto gótico hoje conhecido como “a Maravilha”, em lugar do que fora destruído no incêndio.

O monumento comemorou mais de um milênio de existência.







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terça-feira, 26 de março de 2024

Esplendor do gótico e glória da Idade Média

Catedral de Burgos, Espanha
Catedral de Burgos, Espanha
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Gótico! Quanta glória encerra esta expressão!

Quando a Renascença exumou a cultura clássica e rejeitou a civilização medieval, “gótico significava “bárbaro”, grotesco, próprio aos Godos.

Hoje, com o correr dos séculos, a pátina do tempo transformou “gótico” em sinônimo de “glória”.

Glória pelo esplendor da arte que elaborou o arco ogival e rasgou os céus com as torres de catedrais como as de Paris, Chartres e Colônia.

Glória pela civilização que extinguiu a escravidão, converteu os bárbaros, inventou as universidades e construiu os primeiros hospitais.

Catedral de Estrasburgo, França
Catedral de Estrasburgo, França
Glória pela “doce primavera da Fé”, época em que o teólogo e o arquiteto uniram seus talentos para louvar a Deus.

* * *

Se alguém, no entanto, quiser intuir num simples golpe de vista o fulgor dessa glória, basta observar as fotos de nosso post.

O jogo de luzes e sombras realça o imponderável da cena.

Do belo edifício gótico aparecem apenas algumas partes, iluminadas por intensa luz dourada.

As muralhas e as ogivas imergem no mistério.

Capela de Saint Hubert, no castelo de Amboise, Loire, França
Capela de Santo Huberto, no castelo de Amboise, Loire, França

* * *

Construída sobre rocha escarpada às margens do Loire, no jardim da França.

A capela de Santo Huberto lembra o apogeu da Idade Média, embora o castelo a que pertença, Amboise, tenha sido edificado em estilo renascentista.

Apogeu que infelizmente teve breve duração, mas que iluminou o firmamento da História assim como um corisco ilumina a abóbada celeste.

Fixa nesse instante de glória, a capela de Santo Huberto irradia ao longo dos séculos o esplendor da arte gótica!




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terça-feira, 19 de março de 2024

COLÔNIA e NOTRE-DAME se completam dando uma idéia do próprio Deus

Notre Dame de Paris ou a Cateral de Colônia?

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
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Fica-se mal à vontade discutindo qual catedral merece o primado. Porque a gente vê que Deus queria que houvesse uma e outra, para se somarem e darem cada uma idéia especial d’Ele.

E aí, do fundo de nossas almas, sobe uma coisa que é uma super luz, mas ao mesmo tempo é penumbra ou obscuridade sem ser treva.

É a idéia de todas as catedrais góticas do mundo, as que foram construídas e as que não foram construídas, todas elas dão uma idéia de conjunto de Deus.

Entretanto, Deus ainda é infinitamente mais do que isso.

Aí o espírito que inspirou todas essas catedrais nos aparece. E mais nós vivemos no Céu do que na Terra.

Aí nasce o nosso desejo de numa outra vida, conhecer um Outro, tão interno em mim que é mais eu do que eu mesmo, mas tão superior a mim que eu não sou nem sequer um grão de poeira em comparação com Ele.

Aí nós dizemos: “Ah, eu compreendo, o Céu deve ser assim!”

Quer dizer, a inocência, em cada um de nós, caminha para isto. Ela visa revelar no fundo de nossas almas essas formas de maravilha para as quais elas são feitas.

Para assim nós nos prepararmos para amar a Deus, dar-Lhe glória, e servi-Lo nesta Terra, e depois conhecê-Lo, amá-Lo e dar-Lhe glória por toda a eternidade. Essa é a nossa finalidade.

Então, a inocência dá a impostação primeira de nosso fim. E dá o caminho que conduz para o nosso fim.

A virtude que faz com que nós nos ponhamos em movimento para aquele fim se chama a sabedoria.



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terça-feira, 12 de março de 2024

A catedral, imagem da Jerusalém Celeste

Catedral de Colônia, Alemanha
Catedral de Colônia, Alemanha
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Quem não ficou admirado contemplando, na realidade ou na fotografia, as agulhas das catedrais, ou por exemplo a do Monte Saint-Michel?

E quem não pensou nos foguetes contemplando os arcos góticos que no interior das catedrais se elevam com força retilínea rumo ao Céu?

Pois o templo católico – capela, simples igreja, abadia ou grande catedral – é uma imagem terrestre da Jerusalém Celeste.

Quer dizer, daquela cidade que contém em si todas as belezas e maravilhas da Criação e que foi arranjada por Deus para que por toda a eternidade seus filhos encontrem nela, retamente ordenadas, todas as delícias espirituais e materiais.

Esse simbolismo foi bem encarnado nas magníficas catedrais construídas por nossos antepassados. Não ousamos sequer mencionar os monstros arquitetônicos – “feios como o pecado” segundo um conhecido arquiteto americano – das últimas décadas.

Por isso nos voltamos de modo especial para as magníficas catedrais como as de Paris, Colônia, Chartres, Milão, Amiens e Beauvais para citar poucos exemplos.

As mais caracteristicamente góticas foram construídas segundo as proporções do Templo de Salomão, que a Bíblia nos transmite ecoando as instruções divinas, ou os 144 côvados da dimensão exata da Jerusalém Celeste que nos descreve o fim do Apocalipse e que simboliza o triunfo final da Igreja e das almas salvas.

Por vezes, olhando até para uma simples capelinha ou paróquia no alto de algum morro em meio à exuberante vegetação brasileira e rodeada de algumas casinhas, tem-se a impressão de que o próprio Deus a pôs ali no meio dos homens.

E ela está lá, com seu simples campanário apontando para o Céu, toda vertical, apontando para o Criador e chamando todos a se voltarem para Ele e a O visitarem em sua casa.

O apóstolo e evangelista São João, tão bem simbolizado pela águia, confirma essa impressão no encerramento do Apocalipse:

A Jerusalém Celeste, Ottheinrich Bibel, Bayerische Staatsbibliothek, Cgm 8010
A Jerusalém Celeste, Ottheinrich Bibel, Bayerische Staatsbibliothek, Cgm 8010
9. Então veio um dos sete Anjos que tinham as sete taças cheias dos sete últimos flagelos e disse-me: Vem, e mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro.

10. Levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a Cidade Santa, Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus,

11. revestida da glória de Deus. Assemelhava-se seu esplendor a uma pedra muito preciosa, tal como o jaspe cristalino.

12. Tinha grande e alta muralha com doze portas, guardadas por doze anjos. Nas portas estavam gravados os nomes das doze tribos dos filhos de Israel.

13. Ao oriente havia três portas, ao setentrião três portas, ao sul três portas e ao ocidente três portas.

14. A muralha da cidade tinha doze fundamentos com os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.

15. Quem falava comigo trazia uma vara de ouro como medida para medir a cidade, as suas portas e a sua muralha.

16. A cidade formava um quadrado: o comprimento igualava à largura. Mediu a cidade com a vara: doze mil estádios. O comprimento, a largura e a altura eram iguais.

17. E mediu a muralha: cento e quarenta e quatro côvados, segundo a medida humana empregada pelo anjo.

18. O material da muralha era jaspe, e a cidade ouro puro, semelhante a puro cristal.

Relicário do tesouro de San Giovanni, na catedral de Gênova
Relicário do tesouro de San Giovanni, na catedral de Gênova
19. Os alicerces da muralha da cidade eram ornados de toda espécie de pedras preciosas: o primeiro era de jaspe, o segundo de safira, o terceiro de calcedônia, o quarto de esmeralda,

20. o quinto de sardônica, o sexto de cornalina, o sétimo de crisólito, o oitavo de berilo, o nono de topázio, o décimo de crisóparo, o undécimo de jacinto e o duodécimo de ametista.

21. Cada uma das doze portas era feita de uma só pérola e a avenida da cidade era de ouro, transparente como cristal.

22. Não vi nela, porém, templo algum, porque o Senhor Deus Dominador é o seu templo, assim como o Cordeiro.

23. A cidade não necessita de sol nem de lua para iluminar, porque a glória de Deus a ilumina, e a sua luz é o Cordeiro.

24. As nações andarão à sua luz, e os reis da terra levar-lhe-ão a sua opulência.

25. As suas portas não se fecharão diariamente, pois não haverá noite.

26. Levar-lhe-ão a opulência e a honra das nações.

27. Nela não entrará nada de profano nem ninguém que pratique abominações e mentiras, mas unicamente aqueles cujos nomes estão inscritos no livro da vida do Cordeiro. (Apocalipse, 21, 9-ss)

A prefigura dessa cidade celestial já nos é fornecida nesta terra.

Infelizmente, essa imagem que nos dá coragem na adversidade e nos conforta na estrada do Céu, foi ferozmente apagada nos prédios laicos e chatos, ideologicamente horizontais, cujo estilo foi até imitado em templos religiosos julgando que atrairiam mais fiéis, quando na realidade passam uma sensação de gélida desolação.

O contraste é flagrante ao compará-los com a leveza materna e solene de Notre-Dame de Paris, ou com a força ascensional da catedral de Colônia, na Alemanha.

A catedral, Palácio de Deus

Catedral de Chartres, França
Catedral de Chartres, França
Na pobreza de simbolismo dos dias de hoje, muito poucas pessoas ainda podem ter a oportunidade de assistir à cerimônia da consagração de uma igreja.

O progressismo contemporâneo, sem alma e sem fé, se empenha em demolir os locais sagrados e, na melhor das hipóteses, a substituí-los por prédios multiuso.

Mas, no simbolismo católico imorredouro, a igreja não é senão o templo de Deus.

E o cerimonial de sua consagração nos rememora essa verdade de um modo admirável:

Este local é terrível : é a casa de Deus e a Porta do Céu, e será chamada o Palácio de Deus. Alleluia, alleluia. (em latim: Terríbilis est locus iste : hic domus Dei est et porta cæli : et vocábitur aula Dei. Allelúia, allelúia)

Esta truculenta afirmação não é surpreendente para quem acredita verdadeiramente na Presença Real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Eucaristia, conservada no tabernáculo.

Uma oração inspirada no Salmo 5 para entrar na igreja, dizia:

Eu entrarei em vossa casa, ó Senhor, e me prosternarei no vosso santo templo, e louvarei vossso nome. (em latim: Introíbo in domum tuum, Dómine ; adorábo ad templum sanctum tuum : et confitébor nómini tuo.)

Cada igreja respeitosamente arranjada nos lembra que Deus está presente nela, pois é a sua Casa, a partir da qual Ele está amando, protegendo e vigiando seu povo.

Essa presença está sempre na igreja onde se encontra o Santíssimo Sacramento, mesmo quando muitos fiéis nela compareçam em espírito de festa e desrespeito, quando não na desordem. Mas no dia do juízo pessoal deverão explicar diante o Juiz dos juízes essa falta de respeito.




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