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Corte desafia presidente: religião "não é essencial"

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, aprovou um decreto em 26 de março acrescentando o culto divino à lista de "serviços essenciais".

Isso significava que igrejas e edifícios religiosos poderiam permanecer abertos embora fosse pedido que os cidadãos ficassem em casa por causa do pânico do coronavírus.

Entretanto, no dia seguinte, o decreto foi anulado por um tribunal federal.

Fotografia: © so Carneiro, CC BY-NC-SA, #newsJdidnfijmw

Leascorreia
Vamos desenhar.
1) Existe um mandamento da Igreja que diz que o fiel católico deve assistir a Missa inteira aos domingos e dias de guarda. Descumprir este preceito é matéria grave e pecado mortal. Se o clero não provê os sacramentos de maneira digna, seja por vontade própria ou por pressão das autoridades, a culpa recai sobre ele (o clero). 2) Pelo que sei não existe nenhum mandamento de Deus ou …Mais
Vamos desenhar.
1) Existe um mandamento da Igreja que diz que o fiel católico deve assistir a Missa inteira aos domingos e dias de guarda. Descumprir este preceito é matéria grave e pecado mortal. Se o clero não provê os sacramentos de maneira digna, seja por vontade própria ou por pressão das autoridades, a culpa recai sobre ele (o clero). 2) Pelo que sei não existe nenhum mandamento de Deus ou da Igreja dizendo que abrir as igrejas, promover aglomerações e colocar em "risco" a vida de incontáveis pessoas seja matéria grave e pegado mortal.
3) O que está em jogo não é a vida de inúmeras pessoas, pois todos morreremos um dia, mas sim a liberdade individual de ir e vir, além da liberdade religiosa e de culto. Se as pessoas preferem ir à igreja e correr o risco de se infectarem, o direito à liberdade não dese lhes ser tolhido.